Como
podemos definir o “estresse”?
Pode ser
definido como uma reação do organismo causada por determinados estímulos
externos (estressores) que normalmente deveriam permitir ao indivíduo superar
situações de adversidade. Em algumas situações estas respostas do organismo não
são suficientes para gerar uma ação positiva frente a estes estímulos,
revertendo esta resposta em uma série de sintomas físicos e mentais que, a
grosso modo, visam afastar o indivíduo dos estímulos estressores. O termo
estresse foi tomado emprestado da física, onde designa a tensão e o desgaste a
que estão expostos os materiais.
Existem
tipos diferentes e intensidades diferentes?
Existem dois
tipos ou níveis diferentes de estresse: o eustresse (eustress) ou desgaste, que
indica a situação em que o indivíduo ainda possui meios (físicos, psíquicos...)
de lidar com a situação, e o distresse (distress) ou esgotamento, que indica a
situação em que a exigência é maior do que os meios para enfrentá-la. Apesar de
ainda ser usado em inglês, o termo "distresse" caiu quase em desuso,
sendo substituído pelo próprio termo estresse, que passou a ter o sentido
(atual) negativo de desgaste físico e emocional.
Quais
são os mais comuns?
O que
diferencia os tipos de stress são os estímulos estressores e as diferentes
repostas de cada organismo em relação a eles. Cada individuo reage
particularmente a mesma situação, podendo apresentar os mais diversos sintomas
físicos e psicológicos. De uma maneira geral os estímulos estressores são
classificados da seguinte forma:
Acontecimentos
biográficos críticos: são acontecimentos localizáveis no tempo e no espaço, que
exigem uma reestruturação profunda da situação de vida e provocam reações afetivo-emocionais
de longa duração. Esse acontecimentos podem ser positivos e negativos e ter
diferentes graus de normatividade, ou seja, de exigência social. Exemplos são
casamento, nascimento de um filho, morte súbita de uma pessoa, acidente, etc;
Quais são
as causas mais comuns?
decepção
amorosa; dor e mágoa; eventos traumáticos relacionados à morte, perdas,
divórcios, mudanças bruscas, doenças etc; responsabilidades: dívidas não pagas
e falta de dinheiro; trabalho/estudo: intimidação ("bullying"),
provas, tráfego lento e prazos pequenos para projetos; Assédio Moral,
relacionamento pessoal: conflito e decepção;
estilo de
vida: comidas não-saudáveis, fumo, alcoolismo e insônia; exposição de estresse
permanente na infância (abuso sexual infantil, exploração, negligência,
violência psicológica e física).
Quais são
os sintomas mais comuns?
Os principais sintomas psicológicos do estresse são a ansiedade e a depressão devido à mudança brusca no estilo de vida e a exposição a um determinado ambiente ou estimulo estressor, que desencadeie alguma resposta do organismo enquanto determinado tipo de sintoma físico ou psicológico. Os sintomas físicos geralmente estão associados a problemas cardiovasculares, porém podem variar muito de acordo com cada organismo, o que dificulta o seu diagnostico.
Quando
os sintomas de estresse persistem por um longo intervalo de tempo, podem
ocorrer sentimentos de evasão (ligados à ansiedade e depressão). Os nossos
mecanismos de defesa passam a não responder de uma forma eficaz, aumentando
assim a possibilidade de vir a ocorrer doenças, especialmente cardiovasculares.
Como
ocorre o tratamento? (medicação, consultas...)
Além do combate aos sintomas físicos, faz-se necessária a conscientização de que os próprios sintomas são uma defesa frente aos estímulos estressores, neste ponto um processo terapêutico, assim como a orientação psicológica online, pode ajudar muito na compreensão da natureza destes sentimentos, auxiliando no sentido de uma mudança de hábitos e estilos de vida, e na elaboração de estratégias de enfrentamento.
Por isso, o autoconhecimento é uma peça chave
neste processo, pois auxilia no reconhecimento dos recursos pessoais
disponíveis, tornando-os mais conscientes e desta forma com maior possibilidade
de serem utilizados assertivamente no combate a estes sintomas. As crises também geram autoconhecimento que permitem o reconhecimento dos pontos mais vulneráveis
nos quais tem-se a tendência a somatizar frente a exposição a determinados
estímulos estressores.